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O ano de 2021 finda e a situação da obra da nova Câmara de Santa Maria continua na mesma: empacada. A construção está emperrada há oito anos. Nesse período, foram feitos laudos técnicos sobre os problemas na estrutura, desgastada pelo tempo, e a possibilidade de a construção ser retomada.
Ontem, o presidente do Legislativo, João Ricardo Vargas (Progressistas), informou que propôs a formação de uma comissão especial, que deve ser constituída na sessão de hoje, para acompanhar e dar continuidade aos desdobramentos envolvendo a obra. A mudança do comandante do Legislativo todos os anos, segundo ele, é prejudicial para o processo, que acaba começando do zero.
Na última sexta-feira, Coronel Vargas e o procurador do Legislativo, Eduardo Corrêa, conversaram com representantes do Ministério Público sobre a possibilidade de o MP auxiliar, por meio do programa Mediar, na resolução do conflito judicial acerca do novo prédio, já que há uma ação na Justiça movida pela Câmara contra a Engeporto, construtora responsável pela obra e que teve o contrato rescindido por não o cumprir. "Essa situação não deve ser, de forma alguma, política. Ela deve ser institucional", afirmou o presidente da Casa, sobre o tratamento dado à polêmica obra. Otimista, Coronel Vargas acredita que a construção tem condições de ser retomada e concluída.
Alvo de apontamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE) pelo dinheiro público já investido, o projeto original do novo prédio da Câmara foi orçado, incialmente, em R$ 4,9 milhões. O edifício previa cinco andares, em área total de 3,98mil m², com 26 gabinetes de 40 m² cada. Além disso, contaria com um auditório para 400 pessoas. Até agora, a estrutura inacabada consumiu R$ 1,6 milhão.
Independentemente desses pequenos movimentos, o desfecho dessa obra está longe. A essa altura está mais para virar um elefante branco.